29 fevereiro 2016

Se apega, sim!!

Vivemos uma vida inteira sendo direcionados à independência, ao descaso, à irreverência. Somos guiados à uma vida de desapegos, novas histórias, recomeços. Inclusive, sempre fui a maior adepta deste estilo de vida. Contudo, esta proteção famigerada para com os sofrimentos e declínios da vida, faz-nos, talvez, perder o que há de melhor nela.
Não há nada mais bonito, e mais humano, do que se entregar. A sociedade que, infelizmente, nos dita que o contrário deve ser feito. 
Dor existe, sim. Não há como não existir. Doar-se envolve riscos, e destes riscos, como fim, a dor não está excluída. No entanto, o amor supera todo, e qualquer tipo de sofrimento. O amor em sua essência não permite rancor, mágoa, nem dor eterna. Quando ele é sentido, o resto todo vale a pena.
Nossos medos, nossas angústias são válidas à indústria, ao mundo capitalista e mecânico atual. Que ocorra uma revolução dentro de nós! Que não deixemos o comodismo vencer. Se apegue, sim! Deixe-se levar. Se deu certo o projeto, a história de amor, o recomeço? Ótimo! Que prossiga, que evolua, que floresça. Mas, caso o contrário venha a acontecer?.. Também, ótimo! Que venham quantos recomeços forem preciso para a nova história não necessitar de um ponto degradante. Afinal, do que seriam feitos os começos, se não fossem dos finais?
Que hajam tentações, e que nós, estejamos entregues. Entregues à vida, ao mundo, ao novo. Deixem-se apegar. As pessoas que passam por nós, nunca nos ficam só; deixam um pouco de si, e levam um pouco de nós.


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